O Outubro Rosa é um Movimento Internacional de conscientização para o controle do câncer de mama e foi criado no início da década de 1990 com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade. 

Apesar de o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (INCA) terem desaconselhado o autoexame das mamas, ainda hoje muitos médicos e especialistas recomendam a realização da prática de palpar os seios e a região da axila em um certo momento do mês.

A médica especialista em mastologia e docente da IDOMED, Kamila Maracaba Santiago, explica que o problema de realizar o autoexame de forma metódica é que, ao palpar e não encontrar nada, a pessoa pode acreditar que não tem problema algum e deixar de fazer avaliações de rotina que detectariam a doença precocemente.  Porém, a prática tem sua eficácia, mas deve ser seguida de consulta médica e exames periódicos para identificar casos que possam passar desapercebidos.

" Na maioria dos casos, ao palpar os seios é muito difícil realizar um diagnóstico precoce. Isto é, identificar pequenos caroços (com cerca de 1 cm) ou que ainda estejam restritos ao ducto mamário. No autoexame é difícil encontrar esses tumores iniciais, mas é uma boa forma de perceber alterações sutis e procurar atendimento médico especializado para determinar a necessidade de exames adicionais. Nesse estágio inicial, a chance de "cura" é aumentada em 95%”, conclui.  

Para a médica, o que pode ajudar na prevenção é a adoção de hábitos saudáveis, manter uma dieta equilibrada, manutenção do peso e visitas regulares ao mastologista. E reforça que o autoexame é ainda fundamental para o autoconhecimento. “Diante de quaisquer alterações, deve-se procurar um médico especialista. A recomendação é não deixar os exames de rastreio de lado diante de um autoexame sem alterações”, destaca a especialista.