E a cidade paulista de Ribeirão Preto será uma das paradas dessa verdadeira caravana pantaneira, dia 16 de maio, a partir das 19h, no Espaço Cultural Capela da USP, com entrada franca. Com curadoria do violeiro e compositor João Ormond e produção executiva de Marinéa Mochizuki, o Projeto Pantanais consiste em uma caravana cultural, que pretende mostrar a singularidade dos costumes e manifestações artísticas pantaneiras ao púbico de outras regiões, ao mesmo tempo fazendo soar um alerta quanto à necessidade de se preservar esse patrimônio único. 

Antes de Ribeirão Preto, o projeto já passou pelas cidades de Ouro Preto (MG) e Curitiba (PR), em abril, Goiânia (GO, 10/05) e está previsto para São Paulo, ainda em maio ou no começo de junho.

PANTANAIS

Nessa imersão cultural, o público terá a chance de assistir aos shows dos importantes artistas mato-grossenses João Ormond e Habel Dÿ Anjos e dos sul-mato-grossenses Paulo Simões e Dino Rocha, envoltos num cenário que remete à beleza da região. Além disso, a atmosfera pantaneira estará presente com uma artesã (redeira), confeccionando com seu tear as famosas Redes Pantaneiras, e um luthier de Viola-de-Cocho, apresentando o processo de confecção do instrumento surgido naquela região do país. Por fim, haverá a distribuição de piché e de balas caramelizadas típicas, promovendo nas pessoas a sensação de estarem no Pantanal. 

“O Pantanal é a maior planície de inundação contínua do planeta, está presente nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e tem uma enorme importância para o equilíbrio de nosso ecossistema. Com a Natura apoiando esse projeto, podemos ressaltar a importância da perpetuação da vida do homem pantaneiro, o seu cotidiano, suas tradições, costumes, música, danças, culinária, festas religiosas e crenças precisam ser preservadas”, explica o curador João Ormond.

Para a gerente de marketing institucional da Natura, Karen Cavalcanti, o apoio a projetos como o Pantanais reforça um dos compromissos do Programa que é a preservação da música de raiz. “A grande motivação desse patrocínio é mostrar ao público de outras regiões a grandiosidade da cultura pantaneira e, ao mesmo tempo, alertar as pessoas sobre a importância da continuidade e preservação dessa rica cultura”, comenta.

 

ROTEIRO E REPERTÓRIO

A programação tem início com a exibição do documentário em curta-metragem “Céu e Água”, de João Carlos Bertoli (20 min), com trilha sonora assinada pelos violeiros João Ormond, 

Almir Sater e Daniel de Paula. Em seguida, será realizado bate-papo rápido sobre “A importância da preservação da Bacia Pantaneira e Ritmos regionais - Chamamé, Polca, Rasqueado, Siriri e Cururu”, em que João Ormond e Habel Dÿ Anjos abordarão a colonização do Pantanal, a importância da preservação da Bacia Pantaneira e dos ritmos regionais.

 

Encerrando a noite pantaneira em grande estilo, ocorrem os shows de João Ormond, Paulo Simões, Habel Dÿ Anjos e Dino Rocha, com a participação de um casal de dançarinos, que mostrará danças do folclore mato-grossense como cururu e siriri.

No repertório do show estarão diversas canções que marcam a cultura musical pantaneira, como “Reduto de violeiro” (João Ormond e Teco Seade), que retrata o pantanal como um paraíso natural que inspira artistas e poetas a cantar suas belezas da fauna e flora. Outra canção, “Cavalo Pantaneiro” (Paulo Moura e João Ormond), demonstra a exuberância do cavalo pantaneiro, uma raça que se adaptou à planície alagada, fazendo parte do cotidiano do homem pantaneiro. “Comitiva Esperança” (Almir Sater/Paulo Simões) é uma homenagem às grandes comitivas de boiadas que acontecem no pantanal, enquanto “Trem do Pantanal” (Paulo Simões/Geraldo Roca) é uma viagem pelos trilhos do pantanal adentro, pelas belas paisagens até ao seu destino em Santa Cruz de La Sierra na Bolívia. 

Também serão apresentadas algumas canções de domínio público que retratam as manifestações culturais da região ao ritmo de chamamés, guarânias, siriri e cururu.

PERFIS

JOÃO ORMOND - Violeiro, compositor, historiador, curador do projeto e um dos palestrantes. A obra de João Ormond é uma das mais expressivas revelações da paisagem poético-musical do Mato Grosso-Brasil. Com um ponteado ímpar e harmônico, ele mostra a mistura da música cabocla com a música popular brasileira, destacando a viola como instrumento polivalente e universal. Seu repertório inclui modas e toadas, chamamés e guarânias, além de ritmos da fronteira mato-grossense. Em 2001, foi indicado ao Prêmio “Caras” na categoria Regional - CD “Reduto de Violeiro”. Já foi gravado por Leci Brandão, Zeca Baleiro e Paulo Simões, com quem desenvolve no momento diversos projetos artísticos, além de novas parcerias.

 

PAULO SIMÕES - É um dos mais conhecidos compositores da nova música pantaneira. Gravado por nomes importantes da música brasileira como Renato Teixeira, Sérgio Reis, Maria Bethânia, Ivan Lins, Michel Teló e outros, é parceiro habitual de Almir Sater, com quem fez “Comitiva Esperança”, um dos temas mais populares da novela Pantanal. Assina também, com Geraldo Roca, a legendária “Trem do Pantanal”, com inúmeras gravações, e escolhida a mais representativa canção do Mato Grosso do Sul, em eleição promovida pela Rede Globo junto à população do Estado. Recebeu também o prêmio Sharp na categoria composição regional, em 1993, com “Paiaguás”, parceria com Guilherme Rondon, tendo ainda recebido quatro outras indicações para o mesmo prêmio.  

 

HABEL DŸ ANJOS - Músico, compositor e palestrante, Abel Santos Anjos Filho, ou “Habel Dÿ Anjos”, é especialista em Semiótica, professor e coordenador de Graduação do Curso de Licenciatura em Música do Departamento de Artes da Universidade Federal de Mato Grosso. Pesquisador e divulgador da Viola-de-cocho no Brasil e exterior, tem três livros publicados.  É compositor de obras musicais eruditos, sacras e populares, dentre elas o “Hino à Bandeira de Mato Grosso” e a “Sinfonia Pantaneira”, escrita para Viola-de-cocho e orquestra.  Como palestrante, em 1996 foi convidado a expor seu trabalho nas universidades do Porto e Aveiro 

(Portugal) e na Sorbonne (Paris, França). Em 2012 participou da conferência/recital "Uma Melodia Histórica" na Universidade de Évora - Portugal.

 

DINO ROCHA – Nascido em Juti (MS), na fronteira com o Paraguai, é considerado por muitos, um dos melhores sanfoneiros do mundo. Começou a tocar aos 8 anos de idade, e logo se tornou um profissional requisitado, gravando discos de muito sucesso com “Os Filhos de Goiás”.   Nos anos 90 participa da novela Pantanal e grava com artistas como Chitãozinho & Xororó, Almir Sater e Renato Teixeira. Em 2000 esteve ao lado de Dominguinhos, Caçulinha, Sivuca, Hermeto Pascoal e Toninho Ferragut, no projeto Balaio do Brasil, no SESC-SP, onde também representou a região Centro-Oeste, no projeto "Brasil da Sanfona" (2002). Tem sua obra registrada em 21 discos, que consolidaram uma carreira de quatro décadas na música regional. 

 

SOBRE O PROGRAMA NATURA MUSICAL

É o Programa de apoio à música brasileira da Natura, que atua por meio de diferentes frentes, como os Editais Públicos, que visam selecionar projetos de diferentes formatos e estágios da produção cultural por meio das Leis Rouanet e do Audiovisual em todo o Brasil, e da Lei do ICMS em Minas Gerais, Bahia e no Pará; a Seleção Direta, que contempla propostas adequadas ao conceito do programa e de grande relevância e inovação, sem a obrigatoriedade das leis de incentivo; e os Festivais. Lançado em 2005, o Programa beneficiou projetos de diferentes estágios e processos da música brasileira patrocinando mais de 200 projetos em todas as edições de edital público e seleção direta. Ao todo, 18 estados das cinco regiões do Brasil foram contemplados e quase 800 mil pessoas beneficiadas. Saiba mais no portal www.naturamusical.com.br ou nas redes sociais do programa no Facebook, Twitter e Youtube.

SOBRE A NATURA

Fundada em 1969, a Natura é a maior fabricante brasileira de cosméticos e produtos de higiene e beleza e líder no setor de venda direta no Brasil, com uma receita líquida anual superior a R$ 6,3 bilhões.  A companhia conta com quase 7 mil colaboradores, que atuam nas operações do Brasil, Argentina, Chile, México, Peru, Colômbia e França. A paixão pelas relações fez a companhia adotar a venda direta como modelo de negócios e atualmente reúne mais de 1,573 milhão de consultoras, que disseminam a proposta de valor da empresa aos consumidores. 

A Natura acredita na inovação como um dos pilares para o alcance de um modelo de desenvolvimento sustentável. No ano passado, destinou R$ 158,9 milhões em inovação e lançou 104 itens. Este investimento fez com que a empresa atingisse um índice de inovação, percentual da receita proveniente de produtos lançados nos últimos dois anos, de 67,2%. Por conta da atuação consistente ao longo de anos num comportamento empresarial alinhado com a sustentabilidade, a Natura foi eleita, pelo segundo ano consecutivo, como a segunda empresa mais sustentável do mundo – e primeira do hemisfério sul – no ranking Global 100, da organização canadense Corporate Knights.

PANTANAIS - MOSTRA ITINERANTE DA CULTURA PANTANEIRA

Dia 16 de maio – Ribeirão Preto (SP)

Espaço Cultural Capela da USP Praça Tiradentes, 9 - Ouro Preto 

Av. Bandeirantes, 3.900 - Bairro Monte Alegre

Telefone: (16) 3602.4937 

Capacidade: 374 pessoas

Grátis 

Classificação: livre

PROGRAMAÇÃO

19h – Exibição de documentário “Céu e Água” 

19h30 – Bate-papo sobre a importância da preservação da Bacia Pantaneira

20h30 – Show com João Ormond, Habel Dÿ Anjos, Paulo Simões e Dino Rocha