O Madero faturou em 2016 R$ 446 milhões, 33% a mais que em 2015. A rede de restaurantes fechou o ano com 84 unidades, sendo 21 inauguradas em 2016, tornando-se a maior rede de casual dinning do país, em número de restaurantes. Segundo o Chef Junior Durski, Presidente da Rede Madero, para 2017 o plano é inaugurar 40 novos restaurantes (16 steak houses e 24 containers) e crescer 66% em faturamento, atingindo um faturamento anual de R$ 740 milhões.
“Nossos resultados estão na contramão do cenário econômico nacional, por três motivos básicos. Primeiro, porque atuamos num segmento que ainda está em crescimento no país, mesmo que em taxas menores que a nossa. Segundo, porque nosso modelo de gestão nos permite ter custos competitivos e processos de controle eficientes. Terceiro, porque temos o otimismo e a ousadia no DNA da marca e estamos sempre atentos para as boas oportunidades de negócios, sem falar na qualidade dos nossos produtos e serviços”, explica Durski.
Apesar dos indicadores macroeconômicos apontarem para uma retomada gradual da economia em 2017, o Madero projeta crescimento de 148% do EBITDA em relação a 2016. Em relação ao plano de expansão, a rede espera crescer o dobro neste ano. No ano passado, a maioria dos 21 novos restaurantes – 11 containers e 10 steak houses – foi inaugurada no segundo semestre e terá impacto maior no faturamento deste ano. O Madero do Shopping Morumbi, inaugurado em meados de novembro passado, por exemplo, faturou R$ 2 milhões em dois meses de operação. Somente essa unidade deve faturar R$ 15 milhões neste ano.
Além da performance financeira das últimas inaugurações de 2016, o Madero contempla em seu plano de expansão para o primeiro semestre deste ano 25 das 40 inaugurações previstas para 2017. Até julho, serão 12 novos containers e 13 novos restaurantes em shoppings, chamados de steak houses, o que também contribuirá de forma mais expressiva no crescimento do faturamento da marca. “A concentração do calendário de inaugurações é estratégica para melhoria do nosso desempenho financeiro”, destaca Durski. Com essa expansão, o Madero deve ampliar em mil o número de funcionários, ultrapassando 4.000 empregos diretos.
A projeção de crescimento de 66% para 2017 é um dos pontos que atraiu a atenção dos fundos de private equity que estão analisando a compra de parte das ações do Madero, numa negociação iniciada no final do ano passado pelo ITAU BBA. Esse índice é maior que a taxa média de crescimento da marca entre 2013 e 2015, que foi de 55% ao ano, segundo o ranking da Deloitte, que apontou o Madero como a 14ª empresa que mais cresceu no Brasil nesse período.
Para garantir esse desempenho, o Chef Durski quer levantar recursos com a venda de parte do Madero. O capital será investido para saldar a dívida que a companhia tem com a gestora HSI, comprar novos equipamentos, ampliar e comprar novas máquinas para a fábrica em Ponta Grossa, que já exigiu investimentos da ordem de R$ 28 milhões para a sua inauguração.
Parte do valor da venda, cerca de 40MM, será aplicado na ampliação da fábrica em Ponta Grossa. Investimentos em novas tecnologias também serão feitos como uma máquina francesa totalmente automatizada para fabricar os famosos pães crocantes do Madero, orçada em cinco milhões de euros, e uma câmara congelada robotizada, avaliada em R$ 7 milhões.
Nova marca
A Rede Madero está trabalhando o cardápio de uma nova marca. Por enquanto, o Chef e empresário Junior Durski faz segredo quanto ao tipo de culinária, mas revela que o primeiro restaurante será aberto em junho deste ano, em Curitiba. “Será um fast casual, que é o modelo que mais cresce nos Estados Unidos”, diz Durski.
O Chef pretende investir R$12 milhões este ano em três restaurantes da nova marca e R$ 35 milhões em 2018, com a abertura de mais 10 restaurantes. Todos eles deverão ser em shoppings centers.