Atletas profissionais e amadores ou praticantes de atividades físicas, embora com cargas e volumes diferenciados de treinamento ou esforço, dividem um mesmo receio: as lesões. A prática regular de exercícios físicos pela população, uma tendência nos últimos anos constatada, por exemplo, pelo crescimento do número de academias de ginástica, trouxe, por um lado, evidentes benefícios em qualidade de vida e saúde. Mas gerou também uma preocupação com as chamadas lesões do esporte, causadas, entre outros, por excesso de treinos, falta de descanso adequado, posturas incorretas, musculatura pouco desenvolvida em áreas sensíveis do corpo e incidentes normais relacionados a cada prática esportiva.
São divididas entre as traumáticas, como entorse, luxação e fratura, que podem exigir o tratamento cirúrgico; e não traumáticas, como tendinite, distensão, contusão e estiramento muscular, que ocorrem na maioria das vezes acompanhadas de dor, desconforto e falta de condições de continuar treinando. No consultório dos cirurgiões ortopedistas Murilo Toledo Moreira e Claudio Kawasaki, membros do corpo médico do Hospital Especializado de Ribeirão Preto, surgem muitos pacientes com estas lesões, a grande maioria praticantes de futebol e lutas, sendo que em cerca de 80% dos casos o problema está no joelho.
“Notamos que, na maioria das vezes nas lesões não traumáticas, o paciente demora para procurar ajuda médica pois acha que a dor ou desconforto irá sarar sozinho. E não dão o tempo necessário para a devida recuperação, podendo agravar a lesão”, explica o Dr. Murilo. Ele completa afirmando que o diagnóstico precoce e o fortalecimento muscular costumam ser negligenciados pelo atleta, retardando a recuperação e aumentando o risco, no caso dos joelhos, de ocasionar a lesão do menisco ou do ligamento - cruzado anterior, posterior e colateral.
Neste caso, a medicina desenvolveu e aprimorou, nos últimos 15 anos, a artroscopia por vídeo e microcâmeras, que proporcionando uma cirurgia bastante precisa, com pequenas incisões, alta no mesmo dia e duração de apenas 1 hora nos procedimentos no ligamento e de 15 a 30 minutos no menisco. “Na artroscopia do ligamento, em 3 a 4 meses o atleta pode voltar a correr e, em 6 a 8 meses, retornar ao esporte que gerou a lesão. Na cirurgia do menisco, a recuperação é ainda mais rápida, de 2 a 3 meses”, informa o Dr. Claudio.
Em média, os dois cirurgiões realizam cerca de 200 procedimentos cirúrgicos por ano no Hospital Especializado, sendo que a maioria dos pacientes são homens entre 20 e 45 anos, faixa etária mais exposta às lesões do joelho em razão, entre outras, da intensidade da prática esportiva. Embora as cirurgias tenham amplo sucesso na reabilitação do atleta em função dos avanços nas técnicas de artroscopia e no uso de materiais absorvíveis e parafusos de titânio, eles recomendam prudência e atitudes simples para proteger o corpo das lesões.
Entre elas, a orientação de um profissional no planejamento e realização do treinamento, o fortalecimento da musculatura que protege partes sensíveis (joelho, tornozelo, quadril, coluna, pescoço, ombro, cotovelo e/ou mãos) e sobrecarregadas durante a atividade e também a devida atenção às pequenas lesões, que podem ser curadas através da fisioterapia. Se tratadas desde o início e com o devido descanso, o atleta poderá usufruir de todos os benefícios do esporte sem sintomas e com poucos riscos.
Fundado em 1994, o Hospital Especializado (www.hospitalespecializado.com.br) e sua equipe multidisciplinar de cirurgiões plásticos, ortopedistas, cirurgiões da mão, microcirurgiões e cirurgiões de câncer, têm trabalhado em conjunto atingindo resultados significativos do ponto de vista funcional e estético. Transformou-se rapidamente num dos poucos centros médicos do país a atuar em áreas de alta complexidade, consolidando-se também como referência em toda a região de Ribeirão Preto e interior de São Paulo e do Brasil.