24/01/22
O aumento expressivo de casos de Gripe e Covid-19 nas últimas semanas causou novo colapso nos postos de saúde e pronto-atendimentos dos hospitais em todo o país. O que mais tem preocupado os profissionais de saúde é o surgimento de casos em que ocorre a infecção simultânea de Influenza (Gripe) e Covid-19, situação apelidada internacionalmente como “Flurona”.
O número de casos de infecção por Influenza, Covid-19 e “Flurona” são alarmantes e, de acordo com a Dra. Ângela M. Ginbo, médica infectologista e docente IDOMED – Ribeirão Preto, esse aumento ocorreu devido a uma junção de diversos fatores. “A pandemia de Covid-19 ainda não acabou, e houve o relaxamento da população em relação às medidas de prevenção das doenças respiratórias, especialmente quanto ao uso das máscaras e evitar aglomerações. Além disso, o aparecimento da nova variante Ômicron, a baixa adesão à Campanha de Vacinação contra Influenza (Gripe) e o aparecimento da nova variante da Influenza A, a H3N2 Darwin, colaboraram para o cenário atual”, explica a infectologista.
Segundo a médica, no início dos sintomas não há como diferenciar uma doença da outra. O que vai determinar o diagnóstico é o resultado do exame específico para cada doença. “Mesmo nos casos de coinfecção Covid-19 e Influenza A, os sintomas iniciais podem ser mais brandos em quem foi vacinado. O importante é observar os sinais de alarme e os grupos de pessoas que apresentam risco para agravamento das doenças”, destaca Dra. Ginbo.
A pessoa infectada, simultaneamente por Covid-19 e Influenza, poderá iniciar seu quadro clínico com febre (normalmente súbita), tosse ou dor de garganta, dor de cabeça, dor no corpo ou dor em articulações, coriza, perda do paladar e do olfato. Sensação de falta de ar ou desconforto respiratório indicam maior gravidade. Devem procurar assistência médica quem apresentar os seguintes sintomas:
Pessoas acima de 60 anos e crianças menores de cinco anos de idade, pessoas com doenças crônicas (problemas cardíacos, diabetes, doença respiratória, doenças hematológicas), obesos, imunodeprimidos, gestantes e puérperas fazem parte do grupo de maior risco para agravamento.
Para evitar as infecções, Dra. Ângela recomenda alguns cuidados essenciais: “o uso correto da máscara, a higienização constante das mãos e o distanciamento social são atitudes que evitam a contaminação. Outra importante ferramenta é a vacina – as três doses contra Covid-19 podem não impedir em 100% a infecção por coronavírus, mas têm evitado as formas graves da doença e a necessidade de internação em unidade de terapia intensiva”, conclui.
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