Os cuidados com a saúde bucal devem ser colocados como prioridade para crianças, jovens e adultos durante todo o ano. No Brasil, de acordo com último levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), em um recorte por faixa etária, 30 milhões de crianças nunca foram ao dentista no país. Os números são expressivos e alertam para a necessidade da visita regular aos consultórios odontológicos. É exatamente neste cenário que a campanha Julho Laranja ganha força, uma vez que alerta sobre a importância da ortodontia preventiva. A iniciativa tem como público-alvo crianças a partir de 6 anos, mas a boa higiene bucal é imprescindível em todas as idades.

O objetivo da ação é informar, sensibilizar e despertar para a imprescindibilidade dos pais ou responsáveis levarem a criança e/ou adolescente à primeira consulta ortodôntica e, na mesma medida, tem por intuito mostrar que a prevenção e o hábito da higienização bucal podem ser facilitados por todo uma vida. Segundo a professora e coordenadora do curso de Odontologia da Wyden, Neusa Dantas, é preciso que se estabeleça uma rotina adequada de cuidados com os dentes. Para isso, outras técnicas positivas podem ser acionadas com o propósito de garantir uma boa saúde bucal, como uma alimentação balanceada, nutritiva e sono regular. 

Isso porque os problemas bucais podem causar sérios danos não só à saúde bucal, como também à autoestima do paciente, mesmo que ainda crianças. Neusa explica que as doenças na boca afetam bilhões de pessoas no mundo todo. “Algumas são mais conhecidas, como a cárie, as doenças periodontais (gengivite e periodontite) e outras são menos conhecidas como a alveolite, a língua geográfica e má oclusão (problema de mordida). As disfunções na mordida causam impactos na saúde do paciente, que pode vir a sofrer com problemas de dicção, respiração e mastigação”, observa. 

Frente a esse contexto, segundo a coordenadora, a melhor forma de contribuir para a prevenção das doenças bucais é por meio da disseminação de informação verídica. A campanha Julho Laranja funciona como mola propulsora para alcançar o maior número de pessoas no país em uma comunicação integrada e pautada na ação social junto às comunidades em situação de vulnerabilidades sociais. “Nós visamos orientar a população. Sempre que necessário, fazemos intervenções preventivas: orientações sobre saúde bucal e hábitos que são essenciais para reduzir a instalação ou agravamento das más oclusões”, alerta Neusa Dantas.