O Academic Working Capital (AWC) – programa de educação empreendedora do Instituto TIM para universitários no fim da graduação – já possibilitou a entrada de 14 negócios no mercado de startups brasileiro. O projeto apoiou mais de 200 estudantes em três edições e encerrou 2017 com mais uma Feira de Investimentos, onde os alunos expuseram protótipos desenvolvidos a partir de seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) em busca de suporte de investidores e empresários ligados ao mercado de startups.
Um dos projetos participantes veio da USP de São Carlos e foi desenvolvido por André Marcos Perez, estudante de Engenharia Elétrica. A ideia, no entanto, surgiu há muitos quilômetros de distância da cidade paulista. Na Escócia, durante um intercâmbio, o jovem conheceu a estudante de Ciências Biológicas da UNB Luíza Zuvanov de Faria e – ao vê-la trabalhando com coleta de dados de imagens de maneira muito lenta em um experimento laboratorial – decidiu criar uma forma de automatizar esse processo.
"Fizemos mais de 70 entrevistas, e percebemos que essa coleta era um problema, mas que havia coisas muito mais urgentes", conta André. O projeto ganhou novo corpo e passou a se chamar BeThink, com o objetivo de facilitar o processo de registros e cálculos de experimentos manuais em laboratórios de pesquisa, aumento a produtividade dos cientistas.
Além de tornar esse processo mais rápido e eficiente, o BeThink é capaz de criar uma ata eletrônica, que auxilia no processo de patentes, onde as anotações de laboratório podem ser cruciais. "Há exemplos de disputas bilionárias sendo resolvidas por um caderno”, explica o jovem.
O grupo está finalizando a primeira versão da plataforma para colocá-la em teste. O Instituto de Ciências Biomoleculares da USP São Carlos (ICB) e o Instituto de Ciências Biológicas da UnB (IB) já se disponibilizaram como early adopters: 10 laboratórios do ICB e três do IB começarão a utilizar o BeThink. A partir dos feedbacks fornecidos por eles, a dupla irá aprimorar o produto e fazer uma nova versão, com o intuito de fechar contratos.
André e Luiza afirmam que uma das maiores contribuições de AWC foi ter desmistificado o que é o empreendedorismo, tornando-o uma possibilidade de carreira. "Não é só a ideia genial que é importante, e às vezes a ideia genial nem é o mais importante. É você se dedicar, em qualquer área", afirma Luíza.
O jovem estudante da USP acrescenta que o networking proporcionado pelo programa também é fundamental. "Esse troca de experiências te impulsiona, além de possibilitar novos contatos”, pontua.
Os estudantes que participam do AWC passam o ano todo se dedicando ao desenvolvimento e aprimoramento do projeto e protótipos dos seus projetos que, originalmente, são seus trabalhos de conclusão de curso. Recebem acompanhamento por meio de reuniões de mentoria semanais e workshops (presenciais e online) e apoio financeiro do Instituto TIM. No final do ano, na Feira de Investimentos, podem buscar suporte de investidores-anjos e empresários dispostos a apostar em startups com ideias inovadoras no mercado.
Sobre o AWC
O Academic Working Capital (AWC) é um programa de educação empreendedora, do Instituto TIM, que apoia estudantes que querem transformar seus Trabalhos de Conclusão de Curso em uma empresa de base tecnológica. Desde 2015, o projeto já ofereceu mentoria para mais de 200 estudantes universitários.